Sandro Sedrez dos Reis
Contos, Novelas, Poesias, Ensaios e Reflexões
Textos
Um Buquê de Ambições
Em Wall Street, Charles fita
A escada em cada degrau
Sacode o Armani e se excita
Achando tudo normal
A chuva no rosto disfarça
A dor de um presente sem graça
E o rosto caminha ausente
Sedento, sem sombra, dormente
Corvos, girassóis e pardais
Deixados no limbo, pra trás
Na mão desterrada, a bandeira
Da vida trilhada sem beira
Van Gogh às avessas: que frio!
Sinal foi fechado pro Sonho
Caronte, o barqueiro do Rio
No Estígio, se cansa tristonho
Nem ópio é tão inebriante
Nem ninfas ou jogos de azar
O Amor se fez reino distante
E Charles não vai recuar
E eis que "Quanto mais tem, mais quer"
É um conto infantil do passado
Herdado como diretriz
Em busca do trono dourado
Mesmo assim
Lá num trigal de Ponta Grossa
Buscando um sorriso de Helena
Ernesto, esse jovem da roça
Prepara um buquê de açucenas
Pois é, Ernesto
E Deus
Não foi
Embora
Ainda
Em Wall Street, Charles fita
A escada em cada degrau
Sacode o Armani e se excita
Achando tudo normal
A chuva no rosto disfarça
A dor de um presente sem graça
E o rosto caminha ausente
Sedento, sem sombra, dormente
Corvos, girassóis e pardais
Deixados no limbo, pra trás
Na mão desterrada, a bandeira
Da vida trilhada sem beira
Van Gogh às avessas: que frio!
Sinal foi fechado pro Sonho
Caronte, o barqueiro do Rio
No Estígio, se cansa tristonho
Nem ópio é tão inebriante
Nem ninfas ou jogos de azar
O Amor se fez reino distante
E Charles não vai recuar
E eis que "Quanto mais tem, mais quer"
É um conto infantil do passado
Herdado como diretriz
Em busca do trono dourado
Mesmo assim
Lá num trigal de Ponta Grossa
Buscando um sorriso de Helena
Ernesto, esse jovem da roça
Prepara um buquê de açucenas
Pois é, Ernesto
E Deus
Não foi
Embora
Ainda
Sandro Sedrez dos Reis
Enviado por Sandro Sedrez dos Reis em 23/04/2017
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